De Hamilton e Villeneuve a Schumacher e Senna – As melhores temporadas de estreia na história da F1
Haverá três pilotos novatos alinhados no grid para o Grande Prêmio do Bahrein na próxima semana, com Oscar Piastri, Nyck de Vries e Logan Sargeant, todos procurando fazer um rápido início de vida na Fórmula 1. Mas algum deles será capaz de igualar as façanhas desses pilotos que entraram em cena em suas primeiras campanhas na F1…?
Lewis Hamilton (2007)
Depois de ganhar o título da GP2, Lewis Hamilton foi promovido à Fórmula 1 para a temporada de 2007 na McLaren, para fazer parceria com o bicampeão mundial Fernando Alonso, que havia assinado com a Renault. E o britânico teve um impacto imediato no esporte ao terminar no pódio em seu primeiro Grande Prêmio e nas oito corridas que se seguiram – o recorde de mais três primeiros lugares consecutivos em uma temporada de estreia.
E foi quase uma história de conto de fadas completa para Hamilton, que chegou a apenas um ponto de vencer o campeonato em seu primeiro ano, terminando logo atrás de Kimi Raikkonen, da Ferrari, depois que um problema na caixa de câmbio na decisão do título prejudicou os esforços de Hamilton. Porém, não precisou esperar muito pelo primeiro título, que veio um ano depois no Brasil.
Jacques Villeneuve (1996)
Hamilton compartilha o recorde de mais vitórias em uma temporada inaugural com Jacques Villeneuve, que estabeleceu essa marca 11 anos antes em sua campanha de estreia com a Williams. O canadense conquistou sua primeira vitória um pouco antes de Hamilton, chegando em sua quarta corrida, no GP da Europa disputado em Nürburgring.
Villeneuve terminou o ano com 11 pódios em 16 corridas – com o primeiro vindo em sua corrida de estreia na Austrália, onde terminou em segundo. O piloto canadense terminou o ano em segundo na classificação com 78 pontos, 19 pontos atrás do companheiro de equipe Damon Hill, que conquistou o campeonato. No entanto, como Hamilton, Villeneuve também se recuperou e conquistou seu primeiro título em sua segunda temporada.
Clay Regazzoni (1970)
Depois de conquistar o título europeu de Fórmula 2, Clay Regazzoni subiu para a Fórmula 1 com a Ferrari em 1970. A Scuderia havia inscrito apenas um carro, com Jacy Ickx, nas três primeiras corridas daquele ano, mas decidiu inscrever um segundo carro na Bélgica para testar pilotos mais jovens, com Regazzoni tendo sua oportunidade na próxima corrida na Holanda.
Ele terminou em quarto na estreia e voltou uma corrida depois em Silverstone, onde recebeu a bandeira quadriculada em P4 novamente. Ele terminou em segundo lugar na Áustria em sua quarta corrida – um dos quatro pódios naquele ano – antes de conquistar sua primeira vitória em Grande Prêmio pela Ferrari em sua corrida em casa em Monza.
Apesar de perder cinco das seis primeiras corridas e desistir devido a um problema de motor na Alemanha, o piloto suíço ainda terminou em terceiro no campeonato, atrás do campeão Jochen Rindt e do companheiro de equipe Ickx, para coroar uma excelente campanha inaugural. Foi uma finalização que ele superaria apenas uma vez em toda a sua carreira na F1.
Michael Schumacher (1991)
Michael Schumacher participou das últimas seis corridas em 1991 com Jordan e Benetton, fazendo sua estreia pela Jordan em Spa – substituindo Betrand Gachot. O alemão surpreendeu o paddock ao se classificar em sétimo, mas um problema de embreagem o obrigou a abandonar a corrida na primeira volta. Depois de uma exibição forte, Jordan queria mantê-lo, mas Schumacher assinou com a Benetton.
Embora sua participação especial em 1991 tenha sido impressionante, foi sua primeira temporada completa em 1992, quando ele realmente anunciou sua chegada. Pilotando pela Benetton mais uma vez, ele terminou em terceiro no campeonato, atrás da dupla dominante da Williams, Nigel Mansell e Ricardo Patrese, e à frente de Ayrton Senna.
Naquele ano ele terminou no pódio oito vezes, com seu primeiro pódio vindo em sua segunda corrida da temporada, no México. Ele também conquistou sua primeira vitória na Bélgica, onde havia feito sua estreia apenas um ano antes.
Jean Alesi (1989)
Alesi entrou no grid da F1 no meio da temporada de 1989 com uma impressionante estreia no Grande Prêmio da França, pela Tyrrell. O piloto francês chegou ao segundo lugar antes de receber a bandeira quadriculada em uma impressionante quarta posição. Naquele ano, Alesi também terminou em quinto na Itália, antes de voltar para casa em P4 no Grande Prêmio da Espanha.
Sua primeira temporada completa teve um início ainda mais impressionante quando ele liderou 25 voltas na primeira corrida nos EUA, antes de Ayrton Senna encontrar uma maneira de ultrapassá-lo, apenas para Alesi aproveitar a chance e imediatamente cortar a frente do brasileiro. Ele acabou terminando em segundo, antes de cruzar a linha em P2 novamente em Mônaco algumas rodadas depois.
Ele foi instantaneamente a propriedade mais quente da Fórmula 1 e, embora não tenha terminado em sétimo no resto da temporada, suas performances chamaram a atenção da Ferrari, que o contratou para a campanha de 1991.
Jackie Stewart (1965)
Correndo pela BRM, Jackie Stewart teve uma tremenda campanha de estreia na Fórmula 1, ao terminar em terceiro no campeonato, atrás de Jim Clark e de seu companheiro de equipe vencedor do campeonato mundial, Graham Hill.
O escocês conquistou sua primeira vitória na oitava corrida da temporada – o Grande Prêmio da Itália – junto com outros cinco pódios. Um começo promissor para o que acabou sendo uma carreira tricampeã.
Airton Senna (1984)
A nona colocação de Ayrton Senna no campeonato em sua temporada de estreia pode não parecer tão impressionante à primeira vista, mas suas atuações ao volante da Toleman – que muitos esperavam ser uma equipe de defesa, lhe renderam um lugar nesta lista.
Para contextualizar, o brasileiro terminou empatado em pontos com Nigel Mansell em uma Lotus mais competitiva. O resultado fica ainda mais impressionante quando se considera que das 14 corridas daquele ano, Senna não conseguiu terminar em oito delas – sendo seis delas por problemas mecânicos.
Ele conquistou três pódios naquele ano, o mais impressionante vindo no molhado em Mônaco, onde largou em 13º antes de fazer um progresso constante até o segundo. Ele vinha alcançando o líder Alain Prost, na Renault, por quatro segundos por volta, antes de a corrida ser interrompida por questões de segurança. Era tudo um sinal do que estava por vir…
Botão Jenson (2000)
Jenson Button passou da Fórmula 3 para a Williams em 2000 sabendo que seu contrato com a lendária equipe britânica seria apenas por uma temporada, com o companheiro de equipe Ralf Schumacher em um contrato de longo prazo, e Juan Pablo Montoya assinou para correr pela equipe em 2001. Mas o britânico fez questão de deixar uma impressão duradoura naquele ano.
Ele produziu algumas performances sensacionais, como sua investida em campo em sua segunda corrida no Brasil para terminar em sexto, e em Hockenheim, onde cruzou a linha em P4 – seu melhor resultado da temporada. Ele também produziu uma volta brilhante para se classificar em terceiro para o Grande Prêmio da Bélgica em Spa – um resultado que levou o então chefe de automobilismo da BMW, Gerhard Berger, a questionar por que os parceiros Williams o deixaram ir no final do ano.
No final, ele terminou em oitavo no campeonato, 12 pontos atrás de Schumacher em quinto, e embora tenha impressionado, foi forçado a passar para a Benetton na próxima temporada.
Kimi Raikkonen (2001)
Kimi Raikkonen entrou na Fórmula 1 com a Sauber tendo começado apenas 23 corridas de monolugares em toda a sua carreira. Muitos observadores achavam que ele era muito inexperiente para o alto nível do esporte a motor, mas o finlandês mostrou sinais em sua primeira corrida de que estava à altura da tarefa, cruzando a meta em sexto lugar no Grande Prêmio da Austrália de 2001.
Raikkonen adicionaria mais três pontos à sua contagem até o final da temporada – incluindo alguns P4 na Áustria e no Canadá – em um carro de corrida Sauber que não era o mais confiável em campo, nem um dos mais rápidos.
No final da temporada, Raikkonen não apenas terminou em 10º no campeonato mundial com nove pontos – apenas três pontos atrás de seu companheiro de equipe mais experiente, Nick Heidfeld, em oitavo – mas também fez o suficiente para garantir uma vaga na McLaren para o campeonato de 2002. temporada. É claro que ele venceria o campeonato em 2007 com a Ferrari.
Fonte: Fórmula 1