Pilotos da Fórmula 1 podem ser punidos por se manifestar politicamente em corridas

Pilotos da Fórmula 1 podem ser punidos por se manifestar politicamente em corridas

Os corredores de Fórmula 1 que desejarem expressar apoio a uma causa durante corridas na temporada deverão pedir antes uma autorização por escrito da FIA a partir de 2023. Quem descumprir a ordem deverá enfrentar punições da entidade para veicular mensagens “políticas, religiosas e pessoais”, de acordo com o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem. As informações são da Reuters.

Em uma entrevista, Sulayem afirmou que a FIA deve ser “neutra” e que há “outras plataformas” para os pilotos se manifestarem caso desejem. Ele também expressou a preocupação sobre as ações acabarem afastando as pessoas do esporte, e não “construindo relações” através dos GPs.

“Eu tenho minhas questões pessoais, mas não vou usar a FIA para isso. Você pode usar o esporte para motivos de paz, mas o que não queremos é que a FIA se torne uma plataforma para sua agenda pessoal. A gente acaba desviando o assunto. O que os pilotos fazem melhor? Correr. Eles são bons nisso, e são eles que geram o negócio, fazem o show, são as estrelas. Ninguém está os impedindo. Se você quer fazer algo, peça permissão. Se não, se cometerem outro erro, é como acelerar na pista do pit stop, você sabe o que acontece”, afirmou.

As figuras mais conhecidas por utilizarem a Fórmula 1 para mandarem recados são Lewis Hamilton e o recém-aposentado Sebastian Vettel. O inglês já utilizou mensagens sobre o movimento “Vidas Negras Importam”, que critica a violência policial cometida contra jovens dos Estados Unidos, que terminou com a morte de vários jovens, como Breonna Taylor. Em 2020, ele vestiu uma camisa com os dizeres “Prendam os policiais que assassinaram Breonna Taylor” na parte da frente e “Digam o nome dela” na parte de trás, palavras de ordem do movimento.

Já Vettel se manifestou a favor dos direitos LGBQTIA+ — a Arábia Saudita, país que criminaliza a população entrou para o circuito da Fórmula 1 desde 2021 —, além de levar mensagens sobre as mudanças climáticas.

Fonte: Exame

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